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O que observar na marcha em ponta de pé da criança?

O que observar na marcha em ponta de pé da criança?


 
 

A marcha em ponta de pé é caracterizada como ausência ou dificuldade do toque do calcanhar na fase de contato inicial da marcha, estando o ante pé em contato com o solo do início ao fim da caminhada, e não somente na fase de pré balanço, como na marcha normal. 

O primeiro aspecto que deve ser analisado nestas crianças, é a capacidade de ser realizada a dorsiflexão passiva, onde deve ser preservada a liberdade articular do tornozelo, assim como a de extensibilidade de tendão de Aquiles e gastrocnêmio. 

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O segundo aspecto, é capacidade da criança corrigir a marcha, no momento que lhe é solicitado, conseguindo realizar o contato do calcanhar no solo, mantendo por alguns instantes ( a tendência é, com o tempo, ocorra nova dispersão da atenção da marcha, e a retomada da ponta de pé).

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Se as duas situações acima forem mantidas, a marcha em ponta de pé ainda não gerou adaptações teciduais, e são passíveis de correção quando corretamente trabalhadas.

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 Nestes casos, o desenvolvimento de atividades onde se trabalhe a mobilidade ativa de tornozelo e tecidos de cadeia posterior, assim como exercícios que estimulem o apoio total do pé no chão, associado a treinos de marcha que estimulem a utilização do calcanhar no chão, tendem a diminuir o padrão. Palmilhas rígidas, associadas a calçados com solado menos flexível, também podem ser considerados.

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Caso já exista acomodação dos tecidos ao encurtamento, assim como dificuldade de correção ativa, uma Avaliação especializada é indicada.